Mototaxistas protestam contra uso de capacete

Somente no mês de julho dois mototaxistas foram assassinados no município.

Na manhã do dia 31 de julho, aproximadamente 200 mototaxistas goianenses tomaram as principais ruas da cidade e protestaram contra o uso obrigatório dos capacetes. A ação foi motivada pelos assassinatos que vitimaram dois mototaxistas neste mês de julho. 

O protesto foi intensificado na frente de três importantes repartições públicas da cidade. Primeiramente, foram até a Delegacia de Polícia, onde gritavam por mais segurança. Eles pretendiam falar com o delegado, mas o mesmo se encontrava no Recife. 

Então, seguiram para a sede da Prefeitura Municipal para pressionar o chefe do Executivo, Henrique Fenelon, a abraçar a causa da classe. Porém, o prefeito também não se encontrava no local. Mas, o chefe de Gabinete, Ilo Jorge, conversou com os mototaxistas e prometeu tentar ajudar os trabalhadores. 

“Nós nos solidarizamos com a luta de vocês. Mas, peço aos organizadores que formem uma comissão para que nós possamos discutir esse assunto mais profundamente. Aqui na rua não iremos decidir nada”, disse Ilo. 

Por fim, o protesto se dirigiu até a frente do Fórum de Justiça, onde dois representantes dos mototaxistas conversaram com o juiz da 2ª Vara, Carlos Gean Alves. Durante o encontro, o magistrado se mostrou bastante elucidativo e disse compreender a difícil situação da classe. “Existe a possibilidade de vocês conseguirem a permissão de não usarem o capacete. O grande problema é que uma lei federal obriga o uso desse equipamento de segurança. Entendo, também, que isso facilita a ação dos bandidos. Aconselho vocês a procurarem um advogado e entrar com uma ação na Justiça”, esclareceu. 

De acordo com o líder dos mototaxistas, José de Arimatéia, 27 anos, a classe apenas deseja não utilizar o capacete dentro da cidade, mas promete usá-lo nas rodovias. Ele ainda informou que os mototaxistas irão fazer um abaixo-assinado e que conta com a colaboração de todos os cidadãos.