Municipalização promete beneficiar motoristas e transeuntes
A atual desorganização do trânsito goianense é um fato visível para motoristas e transeuntes que sofrem com a precariedade ou falta de faixas de pedestres, semáforos, quebra-molas e sinalizações em geral.
Até o presente momento quem é responsável pela fiscalização do trânsito na cidade é a Polícia Militar, que não dispõe de efetivo para realizar todas as suas atribuições. Mas, até o final do ano ou início do próximo , isso deve mudar. Quem garante é o coordenador de Trânsito de Goiana, Alcides Rodrigues de Sena Filho.
Segundo Alcides , com a lei 2049/2007 aprovada pela Câmara de Vereadores no ano passado, criou-se a Coordenadoria de Trânsito e Transportes de Goiana, um dos passos para a municipalização do setor que, através da gerência local, deverá ser mais bem administrado. “A Câmara já fez o seu papel, aprovando a lei. Porém, o processo ainda não foi concluído junto aos órgãos federais, como o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). Acredito que dentro de alguns meses conseguiremos a municipalização e a conseqüente melhoria do setor, com maior segurança para condutores e transeuntes”, prevê.
Caso a previsão do coordenador se concretize, o município de Goiana se juntará a 17 cidades pernambucanas que já municipalizaram o trânsito, ou seja, se ligaram diretamente ao Sistema Nacional de Trânsito (SNT). Mas, até lá o caminho ainda é longo. Para se ter uma idéia os guardas municipais, futuros responsáveis pela fiscalização do trânsito na cidade, ainda não passaram por treinamento que os qualifique para essa nova atribuição.
“A preparação da guarda já foi planejada. Inclusive, se encontra dentro do contrato que a Prefeitura fez com a empresa responsável pelo projeto de municipalização do trânsito. Ou seja, em breve teremos esses trabalhadores treinados e aptos a exercerem as suas novas funções”, disse Alcides.
Em geral, no Brasil a municipalização do trânsito se mostrou uma boa experiência. Atualmente dos 5.560 municípios brasileiros, 744 estão integrados ao SNT. Isso corresponde a 76% da frota nacional e a 61% da população.
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