terça-feira, 15 de abril de 2008

Xilogravura corre risco de extinção! (Coluna: Alto Falante)

Segundo os estudiosos a xilogravura tem a sua origem na China, no século VIII onde era utilizada para a impressão de ideogramas. No continente europeu a partir de 1500, torna-se uma ferramenta na difusão de imagens do Evangelho para a maioria da população analfabeta que não tinha acesso à Bíblia.

No Brasil a xilogravura pode ter vindo com os missionários portugueses que podem ter ensinado aos índios, contudo, a sua popularização aconteceu no século XIX, principalmente na região Nordeste, juntamente com o a literatura de cordel. Já nas primeiras décadas do século XX o artista plástico Lasar Segall leva essa arte para os círculos acadêmicos influenciando outros artistas.

Em nossa região o destaque fica por conta do paraibano radicado na Zona da Mata de Pernambuco, João da Costa leite, cordelista e xilogravurista que recebeu do governo do Estado o título de patrimônio vivo, e esse fato mostra que há necessidade de proteger essa arte, para que as próximas gerações tenham a oportunidade de conhecê-la.

Em Goiana, pela razão do crescente interesse na literatura de cordel há uma perspectiva do surgimento de xilogravuristas para atender essa demanda que nasce. Inclusive, o historiador e artista plástico Cosmo de Souza está fazendo um projeto de pesquisa para uma tese de mestrado, baseado no tema.

Hoje, infelizmente a figura do xilogravurista está desaparecendo, restando apenas alguns genuínos representantes, e a maioria está com idade avançada e talvez levem consigo as suas experiências e segredos deste ofício tão importante.

O que seria lamentável, uma vez que parte de nossa identidade cultural nordestina está contida na xilogravura.

Por Luiz Duarte

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